sábado, 18 de julho de 2015

Se você ama, diga que ama.




Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha… mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente no universo. Pra todo mundo. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mas amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia-a-dia, esse nosso caderno de exercícios.
Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.
Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá…
Ana Jácomo

terça-feira, 14 de julho de 2015


"Uma das coisas mais trágicas que eu conheço sobre a natureza humana é que todos nós tendemos a adiar a vida.
Estamos todos sonhando com algum jardim de rosas mágico no horizonte – ao invés de aproveitar as rosas que estão florescendo no lado de fora de nossas janelas hoje.”
- Dale Carnegie -

Crianças Grandes


Por mais que eu aplauda o que convencionamos chamar de “maturidade”, no fundo acredito que somos, todos nós, crianças que cresceram mais em estatura do que emocionalmente, crianças que foram empurradas para o meio do palco e que precisam ter suas falas na ponta da língua, conforme foram ensaiadas desde a primeira infância. Somos homens e mulheres na segunda, terceira, quarta, quinta infância, nos apegando aos nossos parcos conhecimentos e às nossas inúteis experiências para tentar não errar demais. Somos crianças que choram escondidas no banheiro, que tomam atitudes insensatas, que dizem o que não deveriam ter dito e que, nos momentos de desespero, gostariam de chamar um ‘adulto’ para resolver a encrenca em nosso lugar.
Martha Medeiros


O que faz a gente se apaixonar uns pelos outros não é o que o outro nos fala, é o jeito como o outro nos olha.
Padre Fábio de Melo

Lições



"A partir do momento que você entende que estamos todos caminhando em direção ao fim, aprende a não deixar para amanhã o que você poderia ter dito ontem."

____ Sean Wilhelm

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Estar lá




Esperamos demais da vida e do amor, e nos esquecemos
que  só precisamos contar com alguém de verdade.
 Alguém que de alguma forma esteja lá...