"Não quero os amores mudos, que poupam expressões.
Sou adepta dos telefonemas fora de hora com todos ou
nenhum motivo pra acontecer, do cuidado cotidiano,
do ócio compartilhado, dos beijos, abraços e amassos
desavisados, não como selantes de uma briga mas
como partes dela, contraditoriamente etapas de um confronto.
Afetos e afagos em banco de praça, acampamento no meio da sala,
dança improvisada. Declarações imprevisíveis, inéditas,
impensáveis até pelo próprio fomentador, traído pelo coração tagarela.
Dispenso os que se economizam. Eu prezo é o amor que é
gasto com prazer, que é escasso, raro e inquieto. Tenho preguiça
do que é a prazo, do lento, do morno abrandado com soprinhos.
Faço passeatas é pelo amor singular, especial, que tem pressa,
fome e sede de ser. Não pra ser breve mas porque não se contém..."
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